São Roque González e companheiros mártires - Jesuítas
Celebramos a santidade destes Jesuítas que deram a vida pela fé
Roque González nasceu em Assunção do Paraguai, em 1576, e estudou com os Padres Jesuítas, que muito ajudaram-no a desenvolver seus dotes humanos e espirituais.
O coração de Roque González sempre se compadeceu com a realidade dos indígenas oprimidos, por isso ao se formar e ser ordenado Sacerdote do Senhor, aos 22 anos de idade, foi logo trabalhar como padre diocesano numa aldeia carente. São Roque, sempre obediente à vontade do Pai do Céu, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, com 33 anos, e acompanhado com outros ousados missionários, aceitou a missão de pacificar terríveis indígenas.
São Roque González fez de tudo para ganhar a todos para Cristo, portanto aprendeu além das línguas indígenas, aprofundou-se em técnicas agrícolas, manejo dos bois e vários outros costumes da terra. Os Jesuítas – bem ao contrário do que muitos contam de forma injusta – tinham como meta a salvação das almas, mas também a promoção humana, a qual era e é a consequência lógica de toda completa evangelização.
Certa vez numa dessas reduções que levavam os indígenas para a vida em aldeias bem estruturadas e protegidas dos colonizadores, Roque González com seus companheiros foram atacados, dilacerados e martirizados por índios ferozes fechados ao Evangelho e submissos a um feiticeiro, que matou o corpo mas não a alma destes que, desde 1628, estão na Glória Celeste.
Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo.
São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova em 2019
São Roque González e companheiros mártires
Religioso e Mártir
Origens
São Roque González de Santa Cruz nasceu em Assunção, Paraguai, em 1576. Filho de pais espanhóis, de elevada posição e de autêntico cristianismo, em sua infância e adolescência sobressai entre seus companheiros por sua vida de honestidade, recolhimento e pureza, por seu espírito e prática de oração ou piedade, bem como pela frequente recepção dos sacramentos e amigo da Eucaristia. Exercia, além disso, entre seus colegas, verdadeira liderança, e todos lhe queriam bem. Notável era a sua coragem, e seu caráter era forte e coerente em tudo que dizia respeito a Deus e à religião.
Ordenação Sacerdotal
Desde cedo, São Roque González preocupou-se com a sorte dos índios, cuja língua dominava. Pouco a pouco e vida afora, passou a conhecer e atingir profundamente a alma guarani. Sentia, porém, mais que tudo a exploração indigna e inumana, de que o índio era alvo constante da maioria dos “encomenderos”. Estudou com os jesuítas. Foi ordenado sacerdote em Assunção, contando apenas 22 anos de idade.
Primeira Missão
Recém-ordenado, o padre Roque já teve sua primeira missão junto aos índios ervateiros — que trabalhavam em verdadeira escravidão — na serra de Maracaju, ao norte de Assunção. Fez-se aí tudo para todos, mas regressou para Assunção por ordem superior e foi nomeado cura da catedral.
São Roque González possuía um grande amor pelos povos nativos
Não teve aceitação dos Espanhóis
Ao que parece, não teve aceitação de todos, sobretudo de espanhóis e “encomenderos”, porque se preocupava demais com os índios, e por isso foi considerado iletrado — já havia estudado apenas em Assunção, e não em Alcalá e Salamanca, as grandes centrais do conhecimento. Todavia, espalhava-se sua fama de sacerdote virtuoso, dedicado e prudente.
A Recusa
Não queria honrarias, por isso recusou o cargo de Provisor e Vigário Geral da diocese, e buscou as fileiras da Companhia de Jesus, na qual entrou a 9 de maio de 1609, sentindo-se à vontade entre os filhos de Santo Inácio, reconhecendo aí sua verdadeira vocação. Decidiu, então, tomar carreira jesuítica.
A Difícil Missão
Pouco após sua entrada, foi-lhe confiada, junto com o experimentado padre Vicente Griffi, uma das tarefas mais difíceis e perigosas: a pacificação dos terríveis, belicosos e valentes guaicurus do Chaco. Depois, chamaram-no de “o segundo fundador”, “Santo Inácio Guaçu”.
Por intermédio de Nossa Senhora da Conceição, teve grandes conquistas
O Quadro de Nossa Senhora da Conceição
Em 1611, ganhou do padre Torres Bollo (provincial) um quadro de Nossa Senhora da Conceição, que, depois, se tornou a célebre “conquistadora”, que haveria de acompanhar o padre Roque em todas as suas longas e arriscadas empresas missionárias no Paraná e no Uruguai. Pestes, fomes, doenças, catequese, educação rural e agrícola… Essas foram as ocupações dele. Superava a tudo e a todos com a sua caridade e o seu fervor. Muitos missionários jovens foram mandados fazer estágio com ele.
Fundador
A 3 de maio de 1626, celebrou a Santa Missa, a primeira no solo gaúcho brasileiro, batizando a nova fundação de “São Nicolau’’; era a primeira semente do Evangelho, da fé e da civilização nessa região, que desabrochou, depois, de forma esplêndida. Em 1628, fundou outras quatro reduções: Candelária, Caaçapá-Mirim, Caaró e Assunção do Ijuí ou Pirapó.
Páscoa
O seu trabalho missionário atraía o ódio dos feiticeiros e dos maus índios. E assim, a 15 de novembro de 1628, logo após a Santa Missa, emissários do soberbo feiticeiro Nheçu, que dominava a região próxima, descarregaram dois violentos golpes de itaiçá (clava de pedra) na cabeça de Roque. Pouco depois, assassinaram também o companheiro de Roque, padre Afonso Rodrigues. E no dia 17 foi a vez do padre João de Castilho, a 50 km de Caaró.
O Martírio não impediu que sua obra continuasse
A Voz
No dia seguinte, ao procurarem reunir lenha para queimar as vítimas, os indígenas enfurecidos ouviram uma voz:
“Matastes a quem tanto vos amava e queria! Matastes, porém, meu corpo apenas, pois minha alma está nos céus. Virão meus filhos castigar-vos, sobretudo pelo fato de haverdes maltratado a imagem da Mãe de Deus (a ‘Conquistadora’). Voltarei, contudo, através de meus sucessores, para vos ajudar nos muitos trabalhos, que, por causa da minha morte, vos hão de sobrevir”.
Atribuíram essa voz ao coração do padre Roque; então, arrancaram-no e transpassaram. Hoje, o coração está conservado num relicário.
Via de Santificação
Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo.
Minha oração
“Aos companheiros mártires, diante da sua coragem e testemunho, concedei ao povo o mesmo ardor e amor que inflamaram vossas almas para que sejamos missionários e anunciadores do evangelho em todas as realidades. Amém.”
São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 19 de novembro
- Comemoração de Santo Abdias, profeta, que, depois do exílio do povo de Israel, anunciou a ira do Senhor contra os povos inimigos.
- Em Cesareia, na Capadócia, hoje Kayseri, na Turquia, São Máximo, corepíscopo e mártir. († c. s. III)
- Em Brennier, próximo de Vienne, na Gália Lionense, atualmente na França, os santos Severino, Exupério e Feliciano, mártires. († c. s. III)
- Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, São Barlaão, mártir. († c. 303)
- Em Heracleia, na Trácia, hoje Mármara, na Turquia, quarenta santas mulheres, virgens e viúvas, mártires. († s. IV)
- Na região de Velay, na Aquitânia, hoje na França, Santo Eudo, abade. († c. 720)
- No monte Mercúrio, na Calábria, região da Itália, São Simão, eremita. († s. X)
- No mosteiro de Helfta, na Saxónia, região da hodierna Alemanha, Santa Matilde, virgem. († c. 1298)
- Em Mântua, na Lombardia, região da Itália, o Beato Tiago Benfátti, bispo, da Ordem dos Pregadores. († 1332)
- Em Garraf, localidade da província de Barcelona, na Espanha, os beatos mártires Eliseu Garcia Garcia, religioso da Sociedade Salesiana, e Alexandre Planas Sauri. († 1936)
Fonte:
- Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
- Martirológio Romano
– Produção e edição: Melody de Paulo
– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
São Roque González e Companheiros
Santos Roque, Afonso e João,
Mártires das Missões
Jesuítas mártires (+1628)
Na liturgia de hoje lembramos São Roque González e seus companheiros, Afonso Rodrigues e João de Castilho. Eles são conhecidos como Mártires das Missões e foram os primeiros evangelizadores da região sul do Brasil.
Roque González era filho de colonizadores espanhóis e nasceu em Assunção, no Paraguai em 1576. A boa educação na virtude e na piedade recebida dos pais o motivou a entrar no seminário e logo foi ordenado sacerdote. Seu desejo, porém, era trabalhar na formação espiritual dos índios e, por isso, deixou a sua diocese e ingressou na Companhia de Jesus, onde vestiu o hábito missionário em 1609.
Passou assim a dedicar sua vida aos indígenas em várias regiões do Paraguai, Argentina e também no Brasil.
Juntamente com os padres João de Castilho e Afonso Rodrigues, organizou as missões e reduções entre os índios guaranis. Tinha como objetivo ensinar os princípios cristãos e defender os indígenas da brutalidade praticada pelos colonizadores. Nas reduções era possível preservar a cultura, serem alfabetizados, impedir de serem escravizados e aprender técnicas de construção, agricultura e cuidado de animais.
O sucesso dessa experiência fez com que os colonizadores, unidos à índios rebeldes, destruíssem as missões e reduções. Os padres Roque e Afonso foram mortos na Redução de Caaró, no dia 15 de novembro de 1628. Após celebrar a missa com os índios, padre Roque estava construindo o campanário na nova capela, quando foi morto. Padre Afonso teria saído em socorro e também foi atingido. Seus corpos foram arrastados para dentro da Igrejinha e depois incendiados. Do coração do padre Roque, em meio às chamas, saía uma voz: "Matastes a quem tanto vos amava e queria. Matastes, porém, só o meu corpo, porque minha alma está no Céu". Seu coração então foi atravessado com uma flecha, mas as chamas o preservaram. Padre João de Castilho foi morto na Redução vizinha de São Nicolau, dois dias depois, junto com o cacique Guarobai-Guassu, que se preparava para ser batizado.
Os três missionários foram beatificados em 1943 pelo papa Pio XI e canonizados em 16 de maio de 1988, pelo papa João Paulo II. A relíquia do coração do padre Roque González está em Assunção, Paraguai.
Em Caibaté (RS) encontra-se o Santuário do Caaró, local do martírio e onde são venerados os santos Roque, Afonso e João. É local de peregrinação desde 1934 e anualmente a tradicional Romaria do Caaró se realiza no dia 15 de novembro.
Texto: Paulinas Internet
Na liturgia de hoje lembramos São Roque González e seus companheiros, Afonso Rodrigues e João de Castilho. Eles são conhecidos como Mártires das Missões e foram os primeiros evangelizadores da região sul do Brasil.
Roque González era filho de colonizadores espanhóis e nasceu em Assunção, no Paraguai em 1576. A boa educação na virtude e na piedade recebida dos pais o motivou a entrar no seminário e logo foi ordenado sacerdote. Seu desejo, porém, era trabalhar na formação espiritual dos índios e, por isso, deixou a sua diocese e ingressou na Companhia de Jesus, onde vestiu o hábito missionário em 1609.
Passou assim a dedicar sua vida aos indígenas em várias regiões do Paraguai, Argentina e também no Brasil.
Juntamente com os padres João de Castilho e Afonso Rodrigues, organizou as missões e reduções entre os índios guaranis. Tinha como objetivo ensinar os princípios cristãos e defender os indígenas da brutalidade praticada pelos colonizadores. Nas reduções era possível preservar a cultura, serem alfabetizados, impedir de serem escravizados e aprender técnicas de construção, agricultura e cuidado de animais.
O sucesso dessa experiência fez com que os colonizadores, unidos à índios rebeldes, destruíssem as missões e reduções. Os padres Roque e Afonso foram mortos na Redução de Caaró, no dia 15 de novembro de 1628. Após celebrar a missa com os índios, padre Roque estava construindo o campanário na nova capela, quando foi morto. Padre Afonso teria saído em socorro e também foi atingido. Seus corpos foram arrastados para dentro da Igrejinha e depois incendiados. Do coração do padre Roque, em meio às chamas, saía uma voz: "Matastes a quem tanto vos amava e queria. Matastes, porém, só o meu corpo, porque minha alma está no Céu". Seu coração então foi atravessado com uma flecha, mas as chamas o preservaram. Padre João de Castilho foi morto na Redução vizinha de São Nicolau, dois dias depois, junto com o cacique Guarobai-Guassu, que se preparava para ser batizado.
Os três missionários foram beatificados em 1943 pelo papa Pio XI e canonizados em 16 de maio de 1988, pelo papa João Paulo II. A relíquia do coração do padre Roque González está em Assunção, Paraguai.
Em Caibaté (RS) encontra-se o Santuário do Caaró, local do martírio e onde são venerados os santos Roque, Afonso e João. É local de peregrinação desde 1934 e anualmente a tradicional Romaria do Caaró se realiza no dia 15 de novembro.
Texto: Paulinas Internet
Fonte: Paulinas em 2015
S. Roque, S. João e S.Afonso - Mártires
Comem. litúrgica: 5 de outubro.
Também nesta data: São Ponciano, Papa e Mártir
São Roque Gonzalez - Mártir
São João Del Castillo - Mártir
Santo Afonso Rodriguez - Mártir
São Roque e seus companheiros foram um dos primeiros mártires sul-americanos.
Roque Gonzalez nasceu em Assunção, Paraguai, em 1576. Seus pais eram espanhóis. Mostrava tanta bondade e devoção na adolescência que todos estavam convencidos que um dia abraçaria a vocação sacerdotal, o que deu-se quando completou 23 anos de Idade.
Já nos primeiros anos de sacerdócio dedicou-se zelosamente pela evangelização indígena, de forma que, diária e continuamente, visitava os povoados mais distantes para catequizar os índios.
Ao completar 33 anos decidiu entrar na Companhia de Jesus, pois sentiu-se fortemente impulsionado a trabalhar como missionário. Os padres jesuítas haviam fundado no Paraguai algumas colônias de indígenas que se fizeram muito famosas em todo mundo. As chamaram "Reduções", que se diferenciavam das tribos de outros países, pela exemplar organização em aplicar os meios adequados de evangelização católica, dentro de uma estrutura que ampliava a educação e as necessidades cotidianas dos indígenas sob sua tutela espiritual. Os padres Jesuítas os tratavam como verdadeiros filhos de Deus, protegendo-os sua dignidade com enorme respeito e carinho.
Um autor francês chegou a exclamar: "Nestas reduções, os índios chegaram ao mais alto grau de civilização que um povo jovem pode alcançar".
Nessas missões se respeitava muito a lei de Deus e se obedeciam as leis civis; cada um tratava aos demais como se fossem irmãos. Os índios aprendiam a lavrar a terra com técnicas agrícolas e praticavam trabalhos manuais e industriais. Tudo era um cooperativismo bem organizado, porque reinava principalmente a abundância espiritual que o povo indígena assimilou rapidamente, ou seja, as verdades divinas.
Nessas reduções foi o Padre Roque González o primeiro europeu a penetrar em certas regiões de mata virgem do Paraguai. Trabalhou por 20 anos, enfrentando com paciência e confiança a toda classe de dificuldades e perigos, dirigindo nesse período cerca de seis Reduções de indígenas. Muitas vezes o perigo provinha de tribos totalmente selvagens que atacavam e outras, era de colonos europeus que queriam escravizar os índios, porém, os jesuítas não o permitiam. Por isso, Padre Roque exercia uma enorme influência sobre os índios, que o veneravam como a um verdadeiro santo.
Sucedeu que um curandeiro, o bruxo dos indígenas, se deu conta que a influência dos Padres Jesuítas estava reduzindo sua clientela diante do serviço de evangelização, que rapidamente esclarecia os índios na fé e na sabedoria cristã. Aos poucos iam abandonando as crendices, enganos e mentiras. Por causa disso, decidiu arquitetar um plano para vingar-se e pôr termo àquela situação. Assim, reuniu um grupo de índios selvagens e com eles atacou a missão católica.
Quando o curandeiro e seus sequazes chegaram, estava o Padre Roque González tratando de erguer um sino à torre da capela. O assassinaram ali mesmo, a golpes de marreta. Ao ouvir o tumulto, o Padre Afonso Rodríguez saiu de sua choupana e imediatamente os índios também o assassinaram mediante golpes. Em seguida atearam fogo à capela e quando estava tomada de chamas,lançaram a ela seus cadáveres. Era 15 de novembro de 1628. Alguns dias depois esses mesmos índios assaltaram a missão próxima e ali assassinaram o Padre Juan de Castillo. Assim, foram três os mártires que derramaram seu sangue, depois de haver dedicado sua vida em favor dos nativos, pela pregação da Sã Doutrina.
O chefe índio Guarecupí deixou escrito: "Todos os índios cristãos amavam o Padre Roque".
Estes três sacerdotes Jesuítas, martirizados na região do Rio da Prata, foram canonizados pelo Papa João Paulo II em 1998.
Reflexões:
É com orgulho que o povo paraguaio comemora a festa destes Santos Mártires, que não pouparam esforços e sacrificaram a própria vida para catequizar os índios, ensinando-os a verdadeira doutrina, o caminho da Salvação, Jesus Cristo!
Se o mundo contemporâneo considera a evangelização índígena uma violação de sua cultura, aos cristãos anunciar a boa nova da salvação aos incultos na fé, significa obrigação urgentíssima prescrita nas Escrituras.
Sobre isto, o Santo Padre, quando esteve no Brasil inaugurando a V Conferência do Episcopado Latino-Americano em Aparecida (maio de 2007), deixou bem claro:
"O Verbo de Deus, fazendo-se carne em Jesus Cristo, se fez também história e cultura. A utopia de voltar a dar vida às religiões pré-colombianas, separando-as de Cristo e da Igreja universal, não seria um progresso, mas um retrocesso. Na realidade seria uma regressão até o momento histórico ancorado no passado".
A esta frase do Santo Padre verificou-se reações anti-cristãs, de governantes alieanados e de líderes indígenas, que exigiram do Papa imediato pedido de desculpas. Obviamente, porque a quase totalidade das tribos indígenas da América-Latina estão amparadas por normas, organismos e estruturas complexas, onde causas terrenas sobrepõe-se às divinas. Civilizar e evangelizar os índios, não interessa a essa classe de gente, cujo Deus é o dinheiro e que escondem consigo um vasto leque de interesses escusos.
Como não bastasse, nessa larga fileira colocaram-se à frente alguns poucos, porém, barulhentos líderes religiosos. Frutas deterioradas que, participando do conluio, não mediram tempo para também atirar suas pedras: "O Santo Padre não conhece a realidade dos povos indígenas", afirmaram descaradamente. Ao contrário dos mártires que comemoramos hoje, existe uma legião trabalhando por resgatar os "valores" indígenas do passado. No desejo pessoal de lançar-se à mídia em busca de holofotes, microfones e câmeras de televisão, atribuem violência à cultura indígena no período colonial, desprezando e desonrando a heróica evangelização dos nossos missionários que deram a vida pela erradicação do paganismo. Esse tipo de gente perdeu o conceito da obediência, da perseguição e do martírio, estão a anos-luz da crucificação.Por Deus que esse tipo de mentalidade não imperou na época da colonização, pois nesse caso, não seria de admirar estarmos hoje adorando o sol e a lua.
Foi graças ao sangue derramado ontem, que conhecemos hoje a Verdade, Jesus Cristo. Os santos missionários lá de trás, enxergaram tão cristalinamente o conceito de salvação e perdição eternas, que embrenharam-se nas mais longínquas florestas e tribos em cumprimento à ordem do Senhor: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado" (Mc 16, 15-16). O amor ardentíssimo a Jesus crucificado e o zêlo sem limites pela salvação das almas é que explica o fato destes santos homens abandonarem o conforto da civilização e se transportarem para regiões inóspitas. Um martírio diário pela propagação da fé, onde grande número tombou gloriosamente. Os missionários mártires que comemoramos hoje, eram possuidores destas virtudes em grau heróico e por isso o povo cristão hoje lhes tributa as mais relevantes honras, gratidão e santa devoção.
Fonte: Página Oriente em 2015
São Roque Gonzales e companheiros mártires
São Roque Gonzales e companheiros mártires
Nascimento | No ano de 1576 |
Local nascimento | Asunción (Paraguai) |
Ordem | Sacerdote Jesuíta |
Local vida | América Latina, como missionário |
Espiritualidade | Com 32 anos se tornou sacerdote Jesuíta e por vingança de um feiticeiro da tribo teve que dedicar-se as funções entre os índios guaranis evangelizando-os, organizando-os socialmente, instruindo-os e defendendo-os de brancos que desejavam escravizá-los. Sua vida ali era muito difícil, mas em tudo via a vontade e de Deus. Comia raízes, farinha de milho, capim, pão e as vezes carne. Em tudo Roque Gonzáles dava glórias a Deus. Morreu martirizado aos 52 anos de idade. |
Local morte | Tribo dos Guaranis |
Morte | No ano de 1628 |
Fonte informação | Os santos de cada dia |
Oração | Deus, nosso Pai, o bem-aventurado Roque González e seus companheiros opuseram-se corajosamente à escravidão e à exploração dos índios pelos conquistadores. Olhai com bondade para todos os homens que andam como ovelhas sem um pastor que os ame, os procure e os salve. Será que foram inúteis para nós o vosso sangue e as vossas dores no Calvário? Intercedei por nós para que os injustiçados sejam libertos, os pecadores se convertam, os fracos se fortaleçam, os aflitos sejam confortados. Vós bem sabeis como é o mundo em que vivemos, como são numerosos os inimigos que nos atacam e sabeis também o quanto somos fracos. Olhai com bondade para nós e caminhai conosco. Amém. |
Devoção | À evangelização |
Padroeiro | Dos que não aceitam o que não se pode mudar |
Outros Santos do dia | Nossa Senhora da Divina Providência (padroeira do Porto Rico); Cripino (bispo); Máximo (presb); Fausto (diác.); Feliciano, Exupério, Azás, Severino, Baixo, Dionísio e Agapito, Barlaão (márts.); Abdias (prof.). Fonte: ASJ em 2015 |
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